Contribuições para a constituição da história do sindicalismo docente universitário na Bolívia
DOI:
https://doi.org/10.35305/revistairice.v36i36.1038Palavras-chave:
docente universitário, autonomia universitária, cogoverno universitário, contrarreforma universitáriaResumo
A Bolívia é o país da América Latina no qual os princípios da reforma universitária de Córdoba foram aplicados de forma mais efetiva. Tal fato deve-se não somente à ação da destacada vanguarda estudantil, e em menor medida dos docentes e trabalhadores administrativos, mas a circunstâncias históricas que destacamos em quatro marcos temporais: a aprovação dos princípios da autonomia universitária na década de 1930, inicialmente como lei referendada (1931) e posteriormente introduzida à Constituição (1938); a Revolução Boliviana de 1952 com a ampliação da participação estudantil no cogoverno; a Revolução Universitária de 1970-1971 com a incorporação de setores operários ao cogoverno; e o processo de redemocratização entre fins da década de 1970 e início de 1980 que institucionalizou em nível nacional o cogoverno paritário e a autonomia. A principal organização sindical docente universitária, a Confederação de Docentes Universitários (CUD), foi criada em 1983, quase simultaneamente às suas congêneres na Argentina e no Brasil, mas ao contrário das entidades destes países, a CUD surge da necessidade de institucionalização em nível nacional do cogoverno. Assim, a entidade boliviana apresenta uma dupla natureza: é parte da estrutura de autogestão universitária e ao mesmo tempo representa sindicalmente os docentes universitários bolivianos. Neste texto pretendemos abordar o processo de criação, estruturação e funcionamento da CUD e, em seguida, as particularidades do processo de contrarreforma universitária neoliberal vivenciado pelos docentes bolivianos a partir da década de 1990.Downloads
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