Autonomia do pesquisador e educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade: Representações Sociais de graduandos em Física
Palavras-chave:
autonomia do pesquisador, educação CTS, representações sociais, formação de professores, percepção sobre ciência e tecnologiaResumo
A integração entre história, filosofia, sociologia da ciência e a educação científica é proposta por diversos autores como uma maneira de enriquecer o ensino de ciências, tornando-o mais humanizado e crítico. Destaca-se assim a abordagem da educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) como meio de promover diferentes perspectivas sobre a construção histórica da ciência e sua relação com a sociedade. Nesse sentido, este estudo investigou as percepções de graduandos em Física sobre a autonomia do pesquisador e as possíveis influências internas e externas na escolha dos temas de pesquisa. Utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para analisar as respostas, identificando padrões nas percepções dos graduandos. Os resultados apontam duas principais perspectivas: uma enfatizando a falta de autonomia devido às pressões externas, especialmente financeiras, e outra destacando a possibilidade de escolha sob condições favoráveis. Dessa forma, ensinar a questionar as estruturas de poder que moldam a prática científica é fundamental. A educação desempenha um papel crucial neste processo, capacitando o sujeito a analisar criticamente as estruturas sociais e resistir às pressões externas. No contexto da formação de professores, esse papel é ainda mais relevante em vista do crescente cenário global de movimentos negacionistas e proliferação de desinformação, desafios enfrentados não apenas no Brasil, mas em várias regiões do mundo.
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