“Por el bien de Brasil”: participación femenina conservadora en la Campaña del Oro de 1964
DOI:
https://doi.org/10.35305/ac.v20i29.1886Palabras clave:
dictadura, Brasil, mujeres, derechasResumen
En 1964, poco después del golpe cívico-militar que derrocó al presidente João Goulart y estableció una dictadura en Brasil que duraría dos décadas, comenzó en São Paulo la campaña del Oro por el bien de Brasil. Organizada por Diários Associados, entonces el mayor conglomerado de medios del país, la iniciativa tenía como objetivo recaudar donaciones con el objetivo de contribuir a la “recuperación económica del país”. En poco tiempo, la campaña se extendió por todo Brasil, movilizando un número impresionante de donantes. Los organizadores se apresuraron a invitar a liderar la campaña a algunos de los grupos femeninos conservadores y anticomunistas que surgieron en varias ciudades del país en la primera mitad de la década de 1960 y que desempeñaron un papel activo en las movilizaciones que condujeron al golpe.
Este artículo pretende investigar las movilizaciones sociales en torno a la campaña Oro por el bien de Brasil, buscando comprender mejor las referencias y discursos articulados por los organizadores del evento en ese contexto. También se pretende analizar en profundidad el papel desempeñado por las organizaciones de mujeres. En este sentido, buscamos estudiar la campaña del oro como una forma de comprender mejor las acciones de las mujeres conservadoras en el período inmediatamente posterior al golpe y, simultáneamente, comprender por qué el liderazgo femenino conservador se consideró importante, en ese momento, para el éxito de la campaña. .
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